A mais ou menos 5 anos um médico me dizia que eu nunca poderia ter filhos, foi me falado da forma mais insensível do mundo, tudo bem para um jovem de 16 anos ouvir isso, afinal, não planejar uma vida com filhos era algo para pessoas adultas, 3 anos depois, muitas cólicas e dores que não passavam, tudo bem, era normal sofrer com as cólicas menstruais, mas depois de quase 24 horas com cólicas fortes fui ao P.A e descobri que a cólica não era cólica, mas sim o corpo “rejeitando” o que seria uma vida, com menos de 5 semanas, sem ao menos desconfiar de nada, guardei para mi mesma a tal noticia, e segui, imatura não contar a ninguém por medo de julgamentos ou suposições.

Mais exames foram feitos e a mesma frase “você pode até tentar, mas seu corpo vai rejeitar” ou “os cistos mesmo que trate, eles voltam, isso impossibilita de você gerar vida”, ok, ser mãe não fazia parte dos meus planos por enquanto, então tudo bem descobrir essa impossibilidade, não afetaria em nada, até que 1 ano depois, positivo, vou ser mãe, mas eu não posso, os médicos me diziam isso, os exames comprovam, não pode ser real, no primeiro ultrassom… olha ali, o pequeno milagre, 6 semanas, escondidinho, quietinho para não incomodar ninguém, o choque e o medo vem a tona nesses momentos, não havia planejado, não imaginava, poxa, era impossível, mas aconteceu.

Os meses passaram e o medo de não desenvolver, medo do corpo rejeitar, medo de criar expectativa e depois se frustrar domavam o meu pensamento e o medo de não saber dar conta domava o coração, 1 ultrassom a cada quase 2 semanas, ansiedade? Medo? Angústia? Era um misto de sensações que faziam o coração tremer, mas cada vez que eu escutava o coração no ultrassom ou nas consultas, a angústia e o medo passavam, pois sabia que estava tudo bem ali, 17 semanas e passaram e uma menina, um sonho se tornando real, minha menina, a facilidade habitava em mim.

Hoje, 33 semanas se passaram, 33 semanas de esperança, 33 semanas de alegria, 33 semanas de mais puro amor, 33 semanas a sua espera, e tudo bem, não se apresse, mas também não demore muito, pois sua mãe não vê a hora de te segurar nos braços e dar tudo o amor do mundo para você. Motivo pela qual vivi, minha pequena Diana